Bebês e cachorros adotados: Como introduzir esse convívio
Bebês e cachorros adotados: Como introduzir esse convívio
A população canina brasileira continua crescendo desenfreadamente. É comum vermos
cães abandonados nas ruas, desde os sem raça definida até os de raça pura. O ato de
adotar um cachorro abandonado é louvável e os pais dão uma lição de cidadania para suas
crianças.
Um cão adotado é grato ao seu protetor pelo resto da vida. O importante antes de adotar é
saber das necessidades que o cachorro terá para que o convívio familiar seja o melhor
possível.
Sobre as necessidades especiais do novo amigo
Muitos cães abandonados têm em sua vida muita dor e por isso sofrem traumas difíceis de
explicar. É importante que procuremos saber mais sobre as suas necessidades. É comum
em locais ou sites de adoção ter uma breve descrição do temperamento do cão e de suas
necessidades especiais. Cachorros mais agressivos geralmente não são postos para a
adoção. Entretanto, quando temos uma criança envolvida nesse processo, fazer uma
pesquisa nunca é demais.
Para ter um cachorro saudável e de temperamento tranquilo eles precisam de espaço para
seus exercícios. Cachorros grandes necessitam de um espaço físico maior, ou seja, se você
mora em apartamento considere um cachorro de médio/pequeno porte para a adoção.
O cachorro ideal é aquele que você, com uma pesquisa prévia, sabe ser de temperamento
dócil. Não vale o risco adotar cachorros agressivos tendo crianças em seu convívio. Uma
dica é selecionar alguns cães que você considerou adotáveis aos olhos e fazer a criança
interagir no processo de adoção. Além de ensinar valores muito importantes para sua vida,
faz com que ela se mostre responsável, daqui por diante, pelo seu bem estar,
identificando-se com a história de vida do cão.
Essa é também uma boa hora para conversar sobre alguns temores compulsivos, mais
comuns em cães abandonados.
Muitos podem apresentar posteriormente ter medo compulsivo de alguns objetos como
vassoura, barulhos estranhos e até molhos de chave tilintando, tornando-o por vezes
agressivo. O importante nesses casos é não estimular este tipo de comportamento, instruir
a criança a não mexer nesses objetos em particular e procurar tratamento profissional para
resolver esses problemas.
O poder da conscientização
É importante conversar com a criança antes de ter um animal em casa. A conversa é de
forma branda, onde ela entenda quais serão condições de respeito dela para o cão e vice
versa. Em um primeiro momento é imprescindível que os pais estejam juntos no convívio
analisando qualquer comportamento anormal entre os dois. Caso eles tenham alguma
insegurança, exercícios para testar a animosidade do cão podem ser feitos para ver se ele
reage a alguns estímulos. Estímulos estes que as crianças por vezes vão ativar – procure
sempre um especialista.
Abraçar o cão, utilizar bonecos e correr ao redor dele para ver como reage são exercícios
ideais para determinar como será o convívio familiar. Por exemplo: Se, ao você correr ao
redor do animal, ele reagir de forma amedrontada, o melhor é instruir o seu filho a não
correr na presença do recém chegado. Pelo menos até ele se acostumar com essa nova
rotina. Da mesma forma com os outros exercícios.
Nesses casos, como já aconselhei, uma ajuda profissional presencial é importante para
trabalhar a mente do cachorro.
Dependendo da idade do cachorro, ele pode ter tendência a “educar” a criança por meio de
pequenas mordiscadas quando vê algum comportamento inaceitável ao seus olhos. É
dever dos pais adestrar o cão para que não faça mais isso, mas jamais usando de violência.
Técnicas de reforço positivo são as melhores maneiras de lidar com essa situação.
O que deve ser ensinado à criança:
● Não amassar / agarrar / ou segurar o cão pelo rabo
● Não gritar perto do cão
● Num primeiro momento não ficar com o cachorro sem companhia de um adulto
● Não deixar o cachorro “montar” em cima dela
● Não deixar o cachorro morder, mesmo de brincadeira Nunca demonstrar medo perto
do cão.
Parecem medidas rígidas, mas lembre-se que com crianças todo o cuidado deve ser
tomado.
Outras dicas aqui: MELHOR RAÇÃO PARA CACHORRO
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